terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Anos dourados


Quando eu tinha 12 anos, eu ficava louca pra namorar e os meninos 2 ou 3 anos mais velhos falavam que eu era muito "criança" pra namorar.

Eu pensava: como assim criança? na revista capricho disse que já sou uma adolescente!

Quando finalmente consegui meu primeiro beijo, me achava a adulta, imaginava que o próximo passo era tirar a roupa! como eu via nos filmes e nas novelas, mas não era fácil assim. Na minha época, meninas de 12 anos bricavam de bonecas, e não com os brinquedinhos masculinos! voltei pra casa com tanto medo da minha mãe descobrir que nunca mais beijei o garoto.

Aos 16, eu, por sempre ter um  temperamento muito forte, os meninos diziam "nossa como vc é criança".
Meninos de 16, 17 anos não estão acostumados com mulheres de opinião, na verdade eu queria achar meu príncipe, pena que os príncipes viram sapos e não adianta quantas vezes vc beije, eles continuam sapos.

Entrei na casa dos 20 ainda sem namorado, querendo achar a tal maturidade prometida, que até então eu imaginava que viria com a idade, na verdade ela veio com a quantidade de experiencia q eu adquiri
nessa década deliciosa que foram meus 20, os meus anos 20.

Aos 32, sinto falta de algo que ficou perdido lá atrás, lá nos12: uma inocência imensa, uma vontade de viver incrível, uma ilusão que todo mundo é bom e que o mal não existe dentro das pessoas, eu não tinha vergonha de sonhar de ser livre de alguém achar que sou ridícula por dançar a macarena no mercado, de subir no pé de manga do vizinho, ou correr atrás dos muleques na rua!!! sinto falta de parar pra ver as árvores balançando, de como é bom ler um livro pela primeira vez.

Hj curto minha "maturidade", vendo meus filhos crescendo e passando por coisas q eu passei consigo me ver fazendo essas coisas com o mesmo ar de curiosidade!!!!

como é bom não ter atribulações, como é bom não ter preocupações.

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